Imagine que uma organização manipula a vida de todos os seres humanos, minuciosamente, seguindo livros com o plano completo da vida de cada pessoa. Em Os Agentes do Destino, isso é real.
Candidato ao Senado americano, David Norris (Matt Damon) conhece a atrevida bailarina Elise Sellas (Emily Blunt) num banheiro público masculino, durante momento decisivo da eleição ao Senado. Esse encontro faz David tomar atitudes políticas inesperadas – ou exatamente planejadas pelos "Agentes do Destino".
O casal se reúne novamente, ao acaso, contra os planos da Agência, que logo tenta separá-los. David se recusa a desistir de Elise e tem de enfrentar o próprio destino para ficar com ela.
O conceito de uma organização de criaturas iguais a homens (pois deixam claro que não são humanos) controlando as nossas vidas é difícil de engolir – principalmente quando vemos o “acaso” insistentemente unindo o casal que o “destino” tanto quer separar.
No entanto, o coração do filme é o casal protagonista. O carisma e a química entre Damon e Blunt são a essência do filme e sustentam a trama controversa e de difícil digestão com eficácia.
Ao som de uma trilha empolgante e envolvendo portas imprevisíveis, as perseguições – sejam dos agentes atrás de David ou de David atrás de Elise – são o segundo ponto alto do filme.
George Nolfi é competente na direção, mas pouco ousado. No roteiro, baseado no conto Adjustment Team, do escritor Philip K. Dick, Nolfi faz um trabalho interessante acrescentando o romance e o mistério que aguça a curiosidade a todo instante.
As explicações e desfecho são decepcionantes, mas não chegam a destruir o mérito de tudo o que vem antes. Porém, fica claro que Os Agentes do Destino poderia ser um filme mais poderoso e marcante nas mãos de um cineasta mais criativo (Christopher Nolan, por exemplo).
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The Adjustment Bureau, 2011
Gênero: Romance, Ficção Científica, Thriller
Diretor: George Nolfi
País: EUA
Duração: 106 min
Nota: 6,5
Achei o roteiro desse filme fraco e confuso.
ResponderExcluirA ideia é boa, mas se perde em alguns momentos.
Abs. João Linno